Existem vários elementos químicos na Tabela Periódica, mas apenas alguns deles são tidos como metais nobres. Estes, por sua vez, são chamados assim porque possuem uma interessante capacidade de resistir à corrosão (oxidação). Além de não serem atacados nem por um ácido nem por um sal, esses elementos também são tidos como preciosos, já que apresentam um alto valor comercial e são raros na crosta terrestre. Os elementos que são considerados metais nobres são:
Rutênio | Ródio | Paládio | Prata | Irídio | Platina | Ouro
Quando falamos de ouro, referimo-nos ao elemento designado como o rei dos metais. Ele é conhecido há mais de 6000 mil anos e foi a principal moeda em várias civilizações. A sigla do ouro, Au, vem do latim aurum, que significa aurora reluzente. A seguir temos o nome do ouro em algumas outras línguas:
Inglês: Gold
Espanhol: Oro
Turco: Goudin
Holandês: Goud
Tcheco: Zlato
Alemão: Gold
Por ser um metal bastante disperso na natureza, ou seja, distribuído em todo o mundo, o ouro foi descoberto e utilizado por vários povos. Dessa forma, há uma grande dificuldade em determinar quem foi o primeiro povo a descobrir o ouro, já que ele está atrelado à história de tantas civilizações diferentes.
Raramente o ouro é encontrado associado (ligação química) a algum outro material na natureza, ou seja, ele é encontrado in natura (natural) em forma de pepitas, escamas ou fios irregulares. Esse valioso metal é extraído principalmente em garimpos, que utilizam, na maioria dos casos, o mercúrio (líquido prateado) para auxiliar na separação do ouro do cascalho dos rios. Todavia, o uso do mercúrio provoca poluição da água e do solo, bem como intoxica as pessoas de forma direta (garimpeiros) ou indireta (população).
Outra possibilidade de obtenção do ouro é por meio dos minérios chamados krennerita, calaverita, eletro, silvanita e pirita. Ele também é obtido na metalurgia de vários metais.
Os principais países produtores de ouro são:
África do Sul
EUA
Austrália
China
Canadá
Peru
O Brasil já foi um grande produtor de ouro, mas apenas durante os anos de 1700 e 1850, ou seja, há bastante tempo. Hoje o Brasil fornece, no máximo, 4% de toda a produção mundial.
O ouro é um metal com muitas características importantes e interessantes. São elas:
Sólido em temperatura ambiente;
É o mais nobre de todos os metais;
Inerte em condições terrestres;
Sua distribuição eletrônica é [Xe] 4f145d106s¹;
É bastante denso (d = 19,3 g.cm-3);
É bastante raro;
Entre os metais dos blocos d e f, ele apenas é mais abundante que o Ir (Irídio), Rh (Ródio), Ru (Rutênio), Os (Ósmio) e Re (Rênio);
Não é atacado por agentes oxidantes fortes, como o ácido nítrico concentrado. Reage com uma mistura de ácido nítrico e clorídrico concentrados (água-régia);
Seu ponto de fusão é 1064 oC;
Seu ponto de ebulição é 2856 oC;
Dureza: 2,5 mohs (essa grandeza avalia a dureza do material, que é a capacidade de riscar. Assim, a prata, por exemplo, é mais dura que o ouro (a prata ou o vidro riscam o ouro);
É um metal extremamente maleável (se for batido com um martelo, ele amassará, e não quebrará);
Seu brilho é menos intenso que o da prata;
É o metal mais dúctil existente;
É um bom condutor de calor e eletricidade;
Não é afetado pelo ar.
Sua cor pode variar conforme a proporção da liga prata/cobre e de acordo com o metal utilizado para endurecê-la.
A liga, nesse caso, é uma mistura de ouro com outros metais:
Ouro + 2/3 de prata + 1/3 de cobre |
Ouro Amarelo |
Ouro + 1/3 de prata + 2/3 de cobre |
Ouro Rosa |
Ouro + prata + zinco |
Ouro Azul |
Ouro + prata + ferro (ou aço) |
Ouro Negro |
Ouro + cobre |
Ouro Vermelho |
Ouro + paládio + Ouro Branco |
Ouro Branco |
Ouro + prata |
Ouro Verde |
Além de ser usado como padrão para moeda internacional, o ouro é vastamente consumido como joias, adornos e ornamentos. Por ser um excelente condutor, é usado na indústria eletrônica além de também ser usado na odontologia e em processos fotográficos.